[ Depois Daquela ViageM ]

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.......... Eu descobri esse livro quando no ano passado a professora de Literatura nos trouxe uma folha com trechos da história dessa moça irreverente chamada Valéria Piassa Polizzi. Junto com os trechos deste livro, umas matérias de jornal que falavam sobre violência contra a mulher e na época o caso da Naiara, cujo namorado a sequestrara e a matou que estava aí, na mídia dirando o sono de muita gente de bem. As informações eram pra criar um debate, inclusive a Valéria até comenta no livro, sobre essas pessoas imbecis que chegam a insinuar que as mulheres que sofrem algum tipo de violência "gostam disso". Claro que eu rodei a baiana em sala. Até com o namorado eu discuti (éramos da mesma turma). Tem que ser muito sem noção pra pensar assim.

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.......... A escola já tinha até acabado, mas eu não esqueci daquele livro. Eu procurei sobre a Valéria na internet e descobri que seu livro é uma autobiografia (famossísima) sobre a luta, as dúvidas e medos de alguém que adquiriu AIDS aos 16 anos, em sua primeira experiencia sexual com um namorado que não era exatamente um príncipe. O ano de lançamento foi 1997 (não sei como não fiquei ciente dele antes). Adquiri o livro ontem e ontem mesmo o li inteirinho. Ela tem uma maneira leve de te levar na história. Vem da alma. É real, parece uma amiga te contando. Eu me emocionei em várias partes, ri bastante também. E não tem nada de "Ahh, coitada dela!" A mulher é arretada! Amei o livro. Amei a autora.

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.......... Vo falar mais não senão é spoiler. :D Leiam! É foda muito bom! xD

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.......... NOME: Depois Daquela Viagem
.......... Autora: Valéria Piassa Polizzi
.......... Editora: Ática

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[ Qual será o meu problema? ]

(esse aí é o meu Nintendo DS)
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.......... Existe um aspecto na minha personalidade que às vezes me põe a questionar. "O que há de errado comigo?" oO Eu tenho 19 anos, terminei a escola no ano de 2008, este ano entrarei para uma faculdade e seguir a coisa de crescer. Até aí normal. No entando eu vejo meninas que tem a minha idade que parecem ser tão adultas, mas não vejo uma pessoa adulta quando olho no espelho. :/ Eu sou uma garota. Uma garota que odeia salto alto, se irrita com maquiagem, tem um Nintendo DS, joga Guitar Hero e GTA no PS2. Eu friso essa coisa de garota, porque a mãe do meu namorado, diz que o filho dela namora uma mulher, e eu sempre corrigo: -GA-RÔ-TA, dona sogra. Garota.

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.......... Mas não, eu não sou o que se pode chamar de infantil, acho estranho isso do video game, porque minha irmã mais velha cresceu e nunca mais pegou num joystick, e ela era fissurada por Mario Bros. no SNES. E eu, ano passado convenci o meu então namorado a me presentear com um videogame portátil (aka Nintendo DS) que custava uns 5 meses de aluguel pra ele. O namorado foi, o DS ficou. E eu intercalo os momentos de vida normal (namorar, sair, passar um tempo com a familia, cineminha, ler meus livros) com intervalinhos pra jogar Mario, Pokémon Diamond, Call of Duty 4... (Confesso que agora nas férias eu tenho jogado mais o DS e as outras coisas é que estão no intervalinho :x)

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.......... Minhas amigas, hoje, desfilam por ai com sapatos altos (hahaha eu consigo no muito passar umas 2 horas em cima de um par, mas é no MUITO-MUITO messmo), elas nunca saem sem um batom na boca e uma bolsa a tira colo. Quer saber, eu nao tenho nem bolsa. E acho que batom é um atraso de vida se você tiver a fim de beijar na boca! As minhas irmãs, nunca vão ao shopping largadonas. Eu nunca fui até lá com outro calçado que não fosse um bom tênis. Eu não vou a lugar nenhum sem um bom tênis (estes sempre comprados na seção masculina porque os acho mais simples, mais neutros. Claro que não estou considerando aquelas horrendas excêntricas chuteiras douradas).

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.......... Eu não tenho essas sandalinhas, lindinhas e meigas. E cor-de-rosa, aliás eu odeio rosa. Uma mistura sem gracinha, assim, de vermelho com branco... oO

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.......... Acho que estudando bem a coisa, eu talvez seja só uma tomboy, uma moleca. Ou talvez eu me sinta estranha porque provavelmente fujo assim do padrão, do normal, do comum. Ou eu só estou arranjando desculpas pra minha freakisse.

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.......... Meu namorado jura de pé junto que não vê nada estranho em mim, mas o amor e cego então acho que não conta. No entanto, ele se incomoda com a atenção que dou aos video games, mas ai eu o chamo pra jogar comigo e ele esquece. Homens... hauehaheh

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.......... Minhas irmãs dizem que eu não nasci homem por erro de cálculo, mas eu sei que existem sim, por ai, meninas que não gostam de rosa. EU SEI!

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.......... Minha mãe achava eu que ia ser lésbica por conta da preferência por Carros Hot Wheels, Motos em Miniatura, Armas de Plástico e Action Figures de Commandos em Ação ao invés de Barbies e My Little Ponies, isso não aconteceu porque eu gosto de homi mesmo, e de fato talvez eu me sentiria menos confusa, pois se eu gostasse mesmo de mulher (urrrgh!) isso explicaria muitas dessas coisas, seria mais fácil. (E parafraseando Capitão Nascimento) E quem disse que a vida é fácil?

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.......... Tá, as coisas de menininha, eu não posso explicar, mas os video games, só me fazem uma pessoa antenada do século XXI. Porque eu aposto, que todo mundo pode até não possuir, mas sabe exatamente o que o PS2 e o Nintendo DS são. E qual a diferença crucial entre os dois. Ok. Eu acho que sou normal, não há um problema.

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[ Taí, decidi ! ]

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.......... Acho que decidi o que quero ser quando crescer. Sempre que a gente cai nessa de resolver o que quer ser, sempre tem um adulto que vem e pergunta o que a gente sempre sonhou em fazer quando era criança. No entanto, a minha resposta, da infância, não tem nada a ver com o curso no qual me inscrevi. Eu me candidatei para uma vaga em marketing, numa universidade, mas o sonho de criança era mesmo SER POLICIAL. :D Acho que se tem algo que eu sempre quis ser na vida seria isso. Portar uma arma, trabalhar para ser alguém que faz a diferença. Ajudar.

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.......... A minha mãe nunca achou isso muito bonitinho e sempre tentou me mostrar o lado difícil da profissão e não só a parte glamurosa que a gente capta pela tevê a cabo. Conforme fui crescendo acabei aceitando que de fato o stress deve ser foda MUITO GRANDE e talvez o salário uma merda não compense. Não para bancar o que eu quero ter na vida (hahaha HONDA HORNET *.*). Aí, tirando as fantasias de criança da mesa de opções, me restaram os cursos das universidades que eu estaria disposta a cursar. Não, não fiz vestibular, não tenho vontade de fazer e não me arrependo de não ter feito. :)

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.......... Fiquei em duvida entre duas universidades que são relativamente perto da minha casa, considerando que agora com o fator moto, as distâncias não são um problema e nem passagens de ônibus. Com 10 reais no tanque eu passo uma semana tranquilamente. Optei por um curso cuja grade pareceu deveras interessante pra mim, não que eu entenda nada de marketing, mas considerando os nomes das matérias, já é possível ter uma idéia do que são. E isso me cativou. É uma profissão que me vejo exercendo. Gostei mesmo. Me inscrevi, fiz a prova, passei.

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.......... Eu não posso afirmar que vou me dar bem fazendo isso pelo resto da minha vida. E talvez nem com a polícia seria assim. Mas o futuro, não dá pra prever. Dá pra tomar a decisão e ver no que isso vai dar. Então darei uma chance para algo que me interessou e ver aonde chego. Quem não arrisca não chega lá. As aulas começam em março. o/

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[ O que é liberdade? - A Cabana ]

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.......... Se você for um pouco mais fundo, poderíamos falar sobre a natureza da própria liberdade. Será que liberdade significa que você tem permissão para fazer o que quer? Ou poderíamos falar sobre tudo que limita sua liberdade. A herança genética de sua família, seu DNA específico, seu metabolismo, as questões quânticas que acontecem num nível subatômico onde só eu (DEUS) sou observadora sempre presente. Existem as doenças de sua alma que o inibem e amarram, as influências sociais externas, os hábitos que criaram elos e caminhos sinápticos no seu cérebro. E há os anúncios, as propagandas e os paradigmas. Diante dessa confluência de inibidores multifacetados - ela suspirou -, o que é de fato a liberdade?

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A Cabana / William P. Young; Editora Sextante; Tradução: The Shack (p: 85)

Comecei sexta, terminei agora.
Leiam!

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"Quem decide pode errar, quem não decide já errou."
[Autor Desconhecido]
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[ Minha irmã quase baLzacA ]

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.......... Hoje, 16 de dezembro, minha irmã mais velha completa 23 anos. Temos uma diferença de idade de 3 anos e cinco meses. Quando éramos crianças eu sempre a perturbava e colocava nela a culpa por coisas que eu havia feito.
.......... Ela nunca deixou de me proteger quando as crianças maiores vinham pra me enfiar a porrada atazanar. Ela sempre foi o exemplo do que eu gostaria de ser. Ela é bonita, inteligente, engraçada e todo mundo gosta dela. E hoje ela ta achando que tem quase 30... Ou seja, ela é extremamente um pouquinho exagerada também. :P

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Debora, . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Às vezes, usei sua roupa sem sua permissão e a estraguei.
Precisei de você e você veio imediatamente.
Sempre pedi conselho e quase nunca dei importância.
Contudo, você continua gostando de mim.
Mas eu gosto ainda mais de você.
[Carola Gowland]
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Mesmo que pareça que somos feitas de moldes diferentes,
temos algo em comum que nem o tempo
nem a distância nem as diferenças poderão jamais destruir.
[Emily Dickinson]
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[ Alforria êÊêêÊ ]

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.......... Sábado, 13 de dezembro de 2008. O primeiro dia de liberdade depois da assinatura da minha carta de alforria. A escola acabou. Nesta quinta, quando eu estava fazendo meu exame de moto, acontecia o último dia de aula na escola onde estudo estudei. :P Ontem, divulgaram nossos resultados e uma lista contendo 13 APROVADOS correndo ao lado dos nomes das matérias que cursei em 2008, me satisfez como nunca. ACABOU A ESCOLA.

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.......... Agora só me resta aproveitar esse sábado com todo esse sabor de liberdade e agora MAIS-DO-QUE -NUNCA decidir finalmente o que eu vou querer ser quando crescer. hehehe :)

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