sábado, 12 de julho de 2008

[ Um restaurante, uma soLitária mulheR ]

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.......... Como é de costume, de todos os sábados, foi almoçar em seu restaurante favorito. Ela gosta dali, o maître sempre atencioso, os garçons que parecem ler seus pensamentos, tão gentis, ela se sente especial, mimada mesmo.
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.......... Sim, ela vai sozinha. E acha graça quando as pessoas passam e a observam, ela imagina o que eles podem estar pensando.
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Duas crianças, tipicamente curiosas, se aproximam para ver seu prato colorido, cheio de iguarias orientais sortidas, ela sorri para os dois, eles sorriem de volta e vão ao encontro de suas mães. Um casal de meia idade passa por ela e a senhora permanece olhando, como muitos que já passaram, deve se indagar o porque de uma moça tão bonita estar tão só! Num lugar público... Tão triste.
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Mas ela gosta disso, de observar os casais jovens, e seu papo informal. Os idosos falando sobre aposentadoria e 'como os tempos mudaram'. As famílias grandes, e os pais tentando domar suas proles. As famílias pequenas... Ela não se importa com os olhares. Ela sabe que muitos não conseguem conceber a idéia de uma pessoa almoçando solitária, e que a maioria de nós é dependente de companhia alheia.
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.......... Não, ela não é uma mulher amarga, ela tem amigos, valiosos amigos. Tem até um namorado. E uma família unida. Mas ela aprendeu vivendo, que só existe uma companhia com a qual pode contar SEMPRE. E ela celebra isso todos os sábados, com a única pessoa que está a todo tempo preparada para ajudá-la em QUALQUER situação, ELA MESMA.
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[Ellen, em:
altas inspirações hoje no RodoGrill :P]
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